terça-feira, 8 de maio de 2012

Turbinando os lucros em usinas brown and greenfield - Parte II


Turbinando os lucros em usinas brown and greenfield - Parte II

Biorrefinarias fuel flex 3.0

Antes as indústrias sucroalcooleiras priorizavam a manutenção durante o período de entressafra que durava cerca de quatro meses (entre o final de dezembro e abril). Neste período, a usina faturava apenas de 4% a 5% do total anual, o que justificava a parada para manutenção, já que a quebra de um equipamento durante o período de safra representa maior prejuízo para a usina. Quanto mais havia atraso no final da colheita, menos tempo as usinas tinham para fazer a manutenção. A cada ano, antes de terminar a safra, as indústrias de manutenção de usinas começavam a ser contatadas para trabalharem durante a entressafra.
Com a entrada da produção de Sorgo Sacarino no período de entressafra temos - agora - a produção estendida que superam os 365 dias do ano.

Agora o foco passa a ser a manutenção regular/preventiva dos equipamentos industriais das usinas oque significa redução dos custos com reparos futuros ou imprevistos durante o decorrer da moagem. A prática de manutenção preventiva pode evitar surpresas, uma vez que é possível detectar e diagnosticar, antecipadamente, defeitos em desenvolvimento nos equipamentos industriais. Com isso, o estoque de peças e o custo da intervenção são reduzidos, evitando-se perdas de produtos devido a uma possível parada não programada em um processo 365 x 24 x 7.

Com o emprego de multiprocessador de cana-de-açúcar e sorgo sacarino a safra foi estendida para os doze meses do ano de sorte que a produção estendida de biocombustíveis se soma a produção de biomassa para a cogeração 365x24x7 aumentando a competitividade desta matriz que complementa os períodos de baixo nível nos reservatórios das hidrelétricas, portanto, tornando a bioeletricidade altamente competitiva e ampliando sua participação estratégica na matriz global, além de flexibilidade estratégica ao empreendedor pois permite maior valorização e rentabilidade dos ativos com o emprego de térmicas fuel flex a partir de fonte fóssil (gás natural do pré-sal) para a produção direta de energia ou pellets de bagaço de cana para uso no mercado interno ou exportação com maior valor agregado, ou utilizando pellets na geração de bioenergia em função da melhor curva de custo/sustentabilidade, portanto, não se limitando a variáveis não controladas pelo empreendedor, a exemplo de desoneração fiscal.

Em projetos bioenergéticos integrados a matriz de biomassa é ampliada com o uso de térmicas/caldeiras fuel flex com a inclusão de wood pellets, fuel briquettes, agripellets, wood chips na geração.

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