quinta-feira, 22 de março de 2012

BIO PELLETS BRASIL BAGAÇO DE CANA GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA

BIO PELLETS BRASIL 


BAGAÇO DE CANA 


GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA 




Entrevista de Celso Oliveira Presidente da Associação 

Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia 

Renovável publicada na Revista PelletMill Magazine da 

Inglaterra-Estados Unidos 


Nos meses de janeiro á março no Brasil tem-se a 

colheita da cana-de-açúcar. Existem 440 usinas do 

setor sucroenergético que precisam encontrar uma 

finalidade para as montanhas de bagaço de cana que 

sobram no processo industrial. 


O Brasil é o maior produtor mundial de cana e a sua 

crescente indústria de cana ganha bilhões por ano 

com o açúcar, adoçantes, etanol, álcool e até mesmo 

energia elétrica pela queima de a maioria da fibra da 

cana, chamado bagaço. Mas eles não podem queimar 

tudo. Cada ano o Brasil acumula milhões de toneladas 

de bagaço, que, até agora, sendo tratadas como um 

fardo ao setor industrial. No Brasil os produtores de 

pellets tentaram e falharam por décadas na produção 

de um produto de qualidade e competitivo no mercado 

internacional. Tentaram com a madeira e depois com o 

bagaço de cana sem sucesso. 


Mas um grupo de novos empreendedores liderados pela 

Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e 

Energética e pela Brasil Biomassa e Energia Renovável 

estão uma adotando grande estratégia industrial com o 

uso de uma revolucionária tecnologia para a produção 

de biopellets de bagaço de cana com qualidade e 

padrão europeu. É por isso que biopellets de bagaço de 

cana gera os créditos de carbono. As empresas 

européias estão buscando novas fontes de energias 

para atender a meta da União Européia de 20% de 

redução das emissões de carbono. 


Como pode BioPellets de Bagaço de Cana ajudar 

na redução das emissões de CO2? O uso de 

BioPellets de Bagaço de Cana como combustível 

(geração energia industrial e térmica) tem um 

enorme potencial para reduzir as emissões de 

gases de efeito estufa. A biomassa da cana-deaçúcar 

absorve o dióxido de carbono através da 

fotossíntese e o armazena na sua composição na 

forma de carbono. 


O seu potencial fotossintético ultrapassa o da 

grande maioria das plantas na flora brasileira. Isto 

ocorre, em grande parte, por ser uma planta do tipo 

C4 ,capaz de eliminar as perdas de dióxido de 

carbono através da fotorrespiração das folhas, 

tendo assim um poder continuado de fixação de 

carbono. No balanço de massa de emissão e 


CO2


seqüestro de no setor sucroenergético, 

utilizando uma metodologia de avaliação de ciclo de 

vida (ACV) de geração de eletricidade excedente, é 

calculado o balanço de CO2. 


Baseando-se na metodologia de ciclo de vida, 

conclui-se que o cultivo da cana-de-açúcar para a 

produção de eletricidade renovável (pellets) 

proporcionou um saldo positivo no seqüestro de 

CO2. Ao se comparar com outras formas de 

geração de eletricidade, a energia produzida em 

Biopellets de bagaço de cana apresenta os mais 

baixos valores de emissão de CO2 


Brasil Biomassa e Energia Renovável detém a 

mais avançada tecnologia industrial de produção de 

biopellets de bagaço de cana, produto testado e 

aprovado pelas grandes companhias européias. 


O projeto Biopellets Brasil iniciou-se em 2008 

reunindo engenheiros e empresários liderados por 

Celso Oliveira tornando-se referência nacional e 

internacional. 


Se a produção de biopellets de bagaço de cana fossem 

fáceis o Brasil já seria o líder mundial em consumo e 

exportação. 


São 440 usinas que processam a cana-de-açúcar com 

mais de 556 milhões de toneladas na safra 2010-11 e 

um aumento em 3% ao ano anterior. Depois da 

moagem da cana-de-açúcar, 30% do peso terminal 

como bagaço fibroso (quase 167 milhões de toneladas 

na safra passada). 


Entretanto, algumas usinas de cana no Brasil queimam 


o bagaço na co-geração de energia. Segundo dados 

oficiais dos órgãos do setor, cerca de 33,4 milhões de 

toneladas de bagaço poderiam ser utilizados no 

mercado de produção de pellets e briquete. 

Mas este trabalho de produção de biopellets de bagaço 

de cana não é simples. A Brasil Biomassa e Energia 

Renovável gastou milhares de horas de trabalhos, 

testes em laboratórios do Brasil e da Europa para obter 

um produto de qualidade. 


Mas o mercado de pellets é novo no Brasil. Hoje 

existem mais de cinco plantas industriais que produzem 

pellets de madeira em quantidade anual de 200.000 

toneladas e quatro plantas industriais que produzem 

biopellets de bagaço de cana. 


Em São Paulo vai ser instalada em 90 dias a maior 

unidade industrial internacional de Biopellets de bagaço 

de cana (produção anual de 120.000 toneladas) em 

projeto todo desenvolvido e estruturado pela Brasil 

Biomassa. Todo o produto será exportado para a 

Holanda e o Japão. 


Segundo o Presidente da Associação Brasileira 

das Indústrias de Biomassa e Energia 

Renovável Celso Oliveira, o mercado de pellets 

e biopellets vai ter um grande avanço no Brasil. 

Nos próximos anos teremos as maiores plantas 

industriais de pellets de madeira com o uso dos 

resíduos florestais e de biopellets de bagaço de 

cana. 


Mas se o Brasil não iniciar os projetos industriais 

de pellets e biopellets, os maiores grupos 

industriais da Inglaterra, Holanda e Alemanha 

vão ingressar no mercado nacional. A estratégia 

será de produzir no Brasil e de queimar nas 

termoelétricas na Europa para a geração de 

energia. O Brasil precisa acordar e conhecer 

melhor este promissor mercado industrial e 

energético. 


A Brasil Biomassa e Energia Renovável que 

está implantando a maior planta industrial de 

biopellets em São Paulo tem outros projetos em 

desenvolvimento para os maiores grupos 

empresariais do setor sucroenergético. A 

empresa detém uma tecnologia de 

potencialização da fibra do bagaço de cana para 

a produção industrial. Hoje o biopellets 

produzido no Brasil e certificado na Holanda, 

Itália e Alemanha tem um poder calorífico 

próximo do pellets de madeira e um baixo teor 

de cinza e de umidade. O biopellets de bagaço 

de cana da Brasil Biomassa tem a menção 

européia de produto 100% renovável o que é 

um ponto importante para a obtenção de crédito 

de carbono. 


A Brasil Biomassa desenvolveu uma tecnologia para facilitar o 

processo de peletização do bagaço de cana. O bagaço tem uma 

fibra longa e precisa passar por um processo de moagem. 

Potencialização é sistema de uniformização da fibra do bagaço de 

cana. Adequando a matéria-prima para o processo industrial, com 

um produto com diâmetro de 8 a 10 milímetros e um valor 

calórico de 6,0 kcal por quilograma (kcal / kg) (ou 6,5 quilowattshora 

por quilograma), e uma energia equivalente a 0,6 kg do óleo 

combustível. O produto final tem 1,0% de cinza que pode ser 

utilizada como fertilizante. Utiliza-se 2 kg de bagaço de cana com 

umidade padrão de 50% para produzir 1,0 Kg de pellets (de 8,0 a 

10,0% de umidade). 


O biopellets de bagaço de cana produzido pela Brasil Biomassa foi 

testado em caldeira térmica em rede hoteleira em Santa Catarina e 

na caldeira industrial da Stora Enso no Paraná com uma baixa 

emissão de gás carbônico. O produto foi testado com sucesso de 

lareira residencial em Lisboa, Portugal. A Essent trading hoje 

RWE uma comercializadora de energia na Holanda avaliou o 

produto e atestou a sua qualidade para a geração de energia 

térmica. A RWE também qualificou o produto e certificou em 

laboratório de biomassa na Holanda. O mesmo aconteceu na 

Alemanha com a GEE Energy e aprovou o produto como apto para 


o uso industrial dentro das normas de pellets e biocombustíveis 

sólidos da União Européia. 

A unidade industrial biopellets em São Paulo tem uma capacidade 

de produção anual de 120.000 toneladas. Localizada dentro de um 

perímetro industrial com mais de 22 usinas fornecedoras de bagaço 

de cana e com uma logística estruturada para o transporte 

ferroviário do biopellets até o Porto de Santos. Um mercado enorme 

de potenciais clientes industriais de Bauru até São Paulo. Mas um 

grande grupo empresarial do Japão apresentou uma proposta de 

compra de toda a produção industrial por dez anos. Negócio seguro 

para os novos investimentos da empresa produtora. 


O setor sucroenergético está em grande fase de desenvolvimento 

no Brasil visando agregar valores em toda a estrutura industrial. 

Cogerar energia com o bagaço de cana foi um bom negócio no 

passado. Os valores dos leilões de energia no Brasil são menores 

do que os praticados no mercado europeu, além de que existem os 

elevados custos para uma mudança de matriz energética com 

equipamentos industriais de co-geração. Existem estudos em 

avaliação do etanol celulósico mas existem os problemas de custo 

elevado de produção e a eficácia do produto final. Mas hoje 

existem novas formas de valoração do bagaço de cana. 


Fazer a escolha fácil 


A melhor alternativa para o setor sucroenergético no Brasil é a 

utilização do excedente do bagaço de cana na produção de um 

produto renovável como o briquete ou o biopellets. A Europa que é 

muito criteriosa em termos de matéria-prima aprovou o uso do 

biopellets de bagaço de cana. Este será o futuro do mercado de 

pellets no Brasil. 


O BioPellets de Bagaço de Cana é o combustível sólido 

mais limpo que existe no mercado. Devido às caldeiras 

de combustão altamente eficiente desenvolvidas ao 

longo dos últimos anos, a emissão de compostos 

químicos, como óxidos de nitrogênio (NOX), ou 

compostos orgânicos voláteis, é muito reduzida, o que 

torna o BioPellets de Bagaço de Cana é uma das formas 

de aquecimento menos poluente disponíveis atualmente 

no mercado. 


Quais as vantagens econômicas e funcionais? O 

aspecto principal é sem dúvida a sua funcionalidade, 

pelo sentido prático que proporciona o manuseamento e 

armazenamento que garantem um fácil transporte. 

Acendem rapidamente (em recuperadores automáticos) 

e deixam poucos resíduos de cinzas, o que facilita a 

limpeza. O menor consumo e o custo inferior quando 

comparado com o gás, diesel e eletricidade, permite uma 

poupança considerável no aquecimento seja periférico ou 

central. Permite o conforto e beleza com uma combustão 

mais limpa, eficaz e com maior aproveitamento calórico. 


Quais as vantagens ecológicas: Utilizando os resíduos 

de bagaço de cana, não implica em utilizar qualquer 

produto florestal. Ao dar um destino aos resíduos das 

limpezas, diminui-se o risco de incêndios. Tem menor 

impacto ecológico face a combustíveis derivados do 

petróleo, é classificado como um combustível renovável, 

da categoria da Biomassa. É uma matéria-prima 

disponível no nosso país (logo uma fonte de energia 

endógena) A reduzida emissão de cinzas e partículas 

poluentes, tornam o BioPellets num combustível 

renovável e de energia. 


MERCADO INTERNACIONAL PELLETS 


A busca de fontes renováveis de energia é uma 

tendência global que se fortaleceu nos últimos anos. A 

Europa se destaca neste cenário por estabelecer metas 

agressivas e incentivos para a substituição de 

combustíveis fósseis por fontes renováveis. O Potencial 

de biomassa no mundo é de 5,650 MTOE/y . A 

necessidade de utilização da biomassa na Europa é alta 

de 600 MTOE/y e deverá aumentar em 38% até o ano 

de 2020. Hoje a Europa consome 10,5 milhões de 

toneladas de pellets. A perspectiva é que em 2020 

aumente o consumo para 80,0 milhões de toneladas. O 

Biopellets de bagaço de cana poderá suprir o mercado. 


O Reino Unido tem o mais ambicioso projeto de redução 

das emissões de GEE na Europa. O Reino Unido se 

comprometeu a aumentar a quota das energias 

renováveis de 15% em 2020, a partir de apenas 1,3% 

em 2006. Em termos de energia renovável, os alvos do 

Reino Unido são ainda mais ambiciosos. No ano 

passado, o governo publicou o projeto de estratégia de 

energia renovável, que propôs que os fornecedores de 

eletricidade deve gerar 30-35% com fontes renováveis 

até 2020, contra apenas 5,3% em 2007. Estima-se a 

existência de doze grandes projetos no Reino Unido 

com o consumo anual equivalente a 206 milhões de GJ 

/ y ou cerca de 12 milhões toneladas ano de pellets. 


O Estudo da KPMG Anual Global de Fusões e 

Aquisições de Energia Renovável em todo o mundo 

constatou que 37% dos grandes investidores planejam 

investir em projetos de biomassa. Eles preferem as 

empresas produtoras de pellets devido ao seu 

potencial para render retornos muito superiores a outras 

tecnologias renováveis. 


Merger and acquisition transactions activity among renewable energy companies on the rise 

China rises to second place after the US on list for renewable energy investment

20 June 2011 - The year 2010 was an active year for renewable energy mergers and acquisitions (M&A), with a total of 446 deals completed. This represents an increase of over 70 percent on the 260 deals closed in 2009 according to Green Power: 2011, KPMG’s annual survey of global renewable energy M&A. This survey highlights the hot spots and drivers of deal activity around the globe.

M&A activity levels are showing no signs of cooling off in 2011, with a record 141 renewable M&A deals, totalling US$11.2bn, announced in the first quarter of the year. This represents more than double the average quarterly value of US$5.5bn in 2010, spread over an average of 96 announced deals. 

Commenting on the latest findings, Mr Sharad Somani, Partner, Global Infrastructure & Projects Group at KPMG in Singapore said, “The renewable M&A market has had a busy start to 2011, with a substantial jump in global activity which looks set to continue.  In particular, our survey has shown that deals in the US$50m - US$0.5bn bracket are likely to see the greatest increase. Overall, higher competition for targets is expected to push up global valuations driven by better financing conditions, a post-Fukushima reinvigoration of sentiment and soaring oil prices as well as some new acquirers, including Asian manufacturers and potentially pension funds.”

Asia – rising star in renewable energy

The predicted growth in renewable energy M&A is expected to be underpinned by new investors and acquirers coming to the market from Asia. Some 78 percent of all survey respondents expect new players to come from China, and 42 percent from India.

This trend is already evident. Asian companies made 59 renewable energy acquisitions in 2010, compared with 29 acquisitions in 2009.

In China, the acquisition by Chinese turbine manufacturer Goldwind of the 106.5 MW Shady Oaks wind project in Illinois from Mainstream Renewables in December 2010 is a notable development. According to Mr Somani, the approach taken by the Chinese is holistic, “It is not just about selling turbines. They are entering this space early and being in it for as long as possible.  They are looking to deliver both capital and operational expenditure advantages, and provide investment capital backed up by a conviction of market recovery in the medium term.”

New players are also emerging from Japan and Korea. In late 2010, for example, the electric products manufacturing giant Sharp announced the acquisition of US solar project developer Recurrent Energy for US$305m. The Korean industrial group Doosan Power Systems also announced in March 2011 plans to invest up to £170m in Scotland’s wind sector over the next ten years.

Investing in one’s backyard

One of the most striking findings from the survey is the regional-bias of investors and companies worldwide.

According to the survey, American respondents are twice as likely to invest domestically in preference to China, India, Germany or the UK. European respondents are no different focusing on core European markets such as Germany and the UK.

Asian respondents are less regionally biased but still indicate a strong preference towards investing within their own geographies ahead of the USA, Canada, Germany and the UK.

In China for example, domestic acquisitions accounted for 63 percent of all renewable energy M&A activity in 2010 (US$1.9bn). By contrast, acquisitions of Chinese firms by US companies only accounted for 11 percent of the total value of Chinese M&A activity, whilst acquisitions by European companies represented a mere 3 percent.

The survey responses suggest that countries may not be able to rely on cross-border investment to plug their domestic renewable energy funding gaps.

 “Investors and lenders are still cautious,” notes Mr Somani, “In order to attract and secure investment, the returns and risk profile must measure up against each investor’s criteria and appetite for risk. To this end, if governments are to successfully attract new capital cross-border, they must focus on incentives and regulation mechanisms that have clarity, credibility and stability.”

Other findings from the survey:

• The top five targeted countries for renewable energy investment are the US, selected by 53 percent of the respondents, China (38 percent), India (35 percent), Germany (34 percent), and the UK (33 percent). The main mover is China, which this year moved from fifth to second position

• Biomass was found to be the most compelling renewable energy sector again, with over 45 percent of respondents intending to invest (2010: 37 percent); closely followed by solar at 39 percent (2010: 37 percent), while onshore wind lost ground at 30 percent (2010: 35 percent) and appetite remained limited but broadly stable for offshore wind at 10 percent (2010: 11 percent)

• Over 70 percent of North American, Asian and European respondents predict increased competition for acquisition targets

• Globally, over 40 percent of corporate and investor respondents intend to pay 3 to 5 times EBITDA for renewable energy companies over the next 18 months, compared with last year when most respondents intended to acquire assets at or below 3 times EBITDA (39 percent).

***
About the research:

KPMG commissioned VB/Research, a specialist renewable energy research and data provider, to survey 500 senior executives in renewable energy between January and March 2011.  Surveyed respondents were spread across Europe (30 percent), North America (30 percent) and Asia-Pacific (30 percent), with the Middle East, Africa, and South America accounting for the remainder. The respondents were made up of corporates; investors; debt providers; government bodies and advisers.  


Nenhum comentário: