Big Etanol
Livre-comércio é uma associação que possibilita a livre circulação de mercadorias, pessoas e conhecimento sem taxas alfandegarias; é resultado ou desacordo de acordo mútuo entre os países envolvidos, que beneficia as empresas e pessoas localizadas nesses países.
Com ou sem acordo é impossível impedir a livre circulação de idéias, portanto, o livre comércio já está implantado, mesmo com a existência de ferramentas "oficiais" contrária à livre circulação de idéias pois estão amplamente disponíveis "contra-ferramentas" open source para que viabilizam o livre comércio de conhecimento, notadamente na Internet.
Depois de ficar zonzo com as massivas propagandas contrárias ao etanol, notadamente o brasileiro, a autoridade máxima da OMC, Pacal Lamy, veio pessoalmente ao Brasil certificar-se porque o presidente Lula se refere precisamente à crise financeira global como a marolina.
Depois da crise energética de 1970 por conta do bate boca no oriente médio, o Brasil perdeu a década seguinte, forçando o país à desenvolver uma matriz energética imune ao mau humor de vizinhos neuróticos.
Deu certo. O Brasil passou imunizado pela crise midiática de 2008.
O etanol tem todas condições de ser a primeira commodity isenta de taxas alfandegarias no mundo, dentro do conceito de livre comércio, concordem, gostem, haja ou não consenso:
Discutes-se atualmente a comoditização/padronização de especificação técnica e preços do etanol com a simplicidade de preços e manipulação global que está sujeito o barril "brent".
Os esforços de comoditização do etanol ingnoram todo o raciocínio econômico de bom ou mau senso desenvolvido ao longo da história, e, a exemplo da Alca, tende a ser ignorado pois se tornam contraditórios em suas próprias fundações, ou, não tem fundação para sua sustentação/existência.
O secretário-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, deixou claro que o Brasil seguirá com dificuldades para transformar o etanol em commodity e para comercializar o combustível com outros países livre de tarifas e barreiras e como um produto sustentável ambientalmente.
Não é de hoje que o Brasil supera barreiras ao seu crescimento sustentável.
“Existem duas posições: a primeira, defendida pelo Brasil, é que o etanol é ambientalmente correto, o que permitiria uma redução das tarifas nas negociações dentro do OMC”, disse. “Mas isso pode não ser necessariamente verdade para todo o etanol do mundo e a questão é saber como avaliar o combustível, com rastreabilidade e sustentabilidade”, disse Lamy após visitar a Usina São Martinho, em Pradópolis (SP), maior processadora de cana-de-açúcar do mundo.
Parênteses:
(Qualquer etanol é menos agressivo ao meio ambiente e economicamente viável do que qualquer combustível fóssil pela simples formação básica destes insumos:
Petróleo, gás natural e carvão são existem sustentados pela tecnologia de exploração nômade, tecnologia inventada a mais de 11000 anos no Vale Fértil e suplantada pelo agronegócio open source de larga ou escala familiar, seja no Vale Fértil ou em qualquer outro lugar do planeta, enquanto que qualquer etanol é sustentado pelo agronegócio dependente da fontossíntese do sol, portanto, infinito.
ps. O caso dinossauros requer outro posting.)
Acompanhado do presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank, o secretário-geral da OMC, salientou ser neutro (hum, hum) em qualquer negociação, reafirmou que a posição do Brasil em relação ao etanol ser um bem ambiental, portanto passivo de redução de tarifas, “não é compartilhada por outros países”.
Parênteses:
(Mesmo os denfensores do livre comércio?)
Lamy deu sinais de que a questão é mais econômica e menos ambiental. Disse que o País terá de ceder caso queira reduzir tarifas e barreiras comerciais sobre o etanol e o açúcar, principalmente em relação aos Estados Unidos e União Europeia (UE).“Esses países não dizem não (em relação à redução tarifária e ao fim de barreiras), mas dizem que dependem do que o Brasil dará em troca nas negociações”, afirmou o secretário-geral da OMC. No entanto, Lamy admitiu que a produção de etanol e do açúcar, no caso específico da Usina São Martinho, “é um bom exemplo do que os países emergentes podem fazer para agregar valor a uma matéria-prima” como a cana-de-açúcar. “Isso me ajuda a entender porque a Unica quer reduzir as tarifas e os subsídios”, explicou o secretário-geral da OMC.
Parênteses: (Porta voz da Barganha.)Jank, da Unica, avaliou que a visita de Lamy foi positiva para informá-lo sobre a forma de produção sustentável de etanol e açúcar, mas admitiu as dificuldades nas negociações internacionais. Sobre o etanol, o executivo da entidade criticou a posição dos Estados Unidos, que estudam manter a tarifa de US$ 0,54 por galão sobre combustível brasileiro - prevista para acabar este ano -, enquanto as tarifas de importação do País, de 20%, foram zeradas recentemente. “Vamos esperar o que vai acontecer este ano, mas não descartamos um contencioso na OMC, que é um caminho longo e desgastante”, afirmou Jank.
Parêntese:
(O que o Brasil dará em troca?
A Europa, sob alegação de Segurança Alimentar mantém subsídios superior a 30% da produção agrícola até hoje e, sob alegação de segurança energética, os EUA farão superarão este indice para manter o status de potência, mesmo que virtual.
Em troca, o Brasil vende a implantação global (já em andamento) de um modelo bioenergético que funciona na prática e open source, portanto, isento de royalties.
Se não precisa pagar royalties, não precisa pagar tarifa alfandegaria em nenhum país do planeta. Já a parte dos governos está assegurado com os impostos nas pontas clientes/fornecedores, portanto, governos nem consumidores precisam temer o livre comércio de etanol.
Se um país não tem condições climáticas ou agrárias para produção, hoje, brevemente teremos o etanol baseado em outros insumos e, a exemplo dos carros no Brasil, a produção global de etanol caminha para se tornar flex.
O Etanol é altamente rentável para consumidores e produtores e tem o sol como avalista, sendo produzido em todos os países para todos os países, diferentemente de 20 países produtores de petróleo, portanto, o foco - biolucratividade - será superior à cadeia de valor fóssil e será determinada pelo livre comércio do etanol hoje.
Padronização/comoditização:
Discute-se a padronização de especificações técnicas e, por tabela, o preço do etanol. Isto remete à minha experiência prática de montagem de cozinhas industriais da Aços Macom para o MC Donald´s pelo Brasil.
Enquanto instalava e testava uma "clan shel" e os hamburgueres sem tempero, uma combo, refrigeradores e etc, buscava compreender a utilização da padronização do Big Mac e o mesmo índice em outras aplicações.
Não consegui.
Na verdade descobri que, nos próximos 50 anos, a padronização/comoditização do etanol, sejam em especificações técnicas ou preços não se aplica ao etanol, ao menos via fórum global.
Certamente é possível definir um preço único em dólar para a "venda" do Big Mac, mas esta é apenas uma padronização "contábil" que facilita a vida do MC Donald´s no mundo, mas de forma alguma reflete o custo de produção em todos os países onde o Big Mac é produzido/vendido. O mesmo vale para os esforços de comoditização do etanol, portanto, não sendo empregado na padronização de especificações técnicas ou de preços de etanol, pois estas prerrogativas são de caráter exclusivo - por hora - das pontas: o cliente e o fornecedor.
O Brasil exporta etanol dentro dos padrões especificados pelos clientes. Se o cliente quer etanol E100, E85, E15, E10, E5, En, hidratado ou não, o fornecedor pode entregar.
Mesmo depois do advento da Iso, ainda hoje os manômetros para medir pressão nas geladeiras do MC Donalds são em PSIG (libra por polegada quadrada manométrica) e outros em KPA ou ainda Kgf/cm2, mas o fim é o mesmo. Medir pressão.
Igualmente a especificação do etanol pelo cliente comprador não inviabilizam seu uso, portanto, se o combustível é E85 ou E20 e etc, esta é uma prerrogativa fundamental para a opção por bioenergia:
Flexibilidade:
Em menos de 5 meses o Brasil pode ir (e foi) e voltar (e voltou) de E25 para
E20, uma prerrogativa que compete ao cliente final - um Estado Nação Autônomo - que procura, no sobe e desce da mistura, encontrar o equilíbrio que permite a existência do mercado, portanto, de negócios.
Já a "flexibilidade" de preços do petróleo, costumeiramente, inviabiliza a existência de mercado, portanto, de negócios.
O etanol possui infinitas fontes de produção e se baseia, por hora, em sacarose/amido/celulose/ hemicelulose/lignina, seja de cana de açúcar, milho, sorgo, beterraba, madeira, mandioca, leite ou de etc da etc, insumos estes amplamente disponíveis em qualquer lugar do planeta.
Esta é a beleza do etanol frente aos combustíveis fósseis: Flexibilidade.
janeiro/2010
Mas à quem interessa a padronização técnica e de preços do etanol?
Os maiores investidores em bio-energia: A indústria fóssil.
Certamente os investimentos em bioenergia partindo da industria fósssil são muuuuuito bem vindos.
Vale lembrar que o DNA destes dois setores são antagônicos no conceito, porém complementares na produção, distribuição, pesquisa e lucros, logo, o antagonismo também existe na gestão, portanto o melhor que a industria fóssil tem a fazer é investir e ficar longe da gestão bioenergética pelos próximos 50 anos e com isso liderar o equilibrio do mix energético global e complementar lucros futuros em bioenergia enquanto assegura lucros presentes com a industria fóssil, hoje.
Qual o percentual a ser investido? O percentual que se deseja ter nos próximos 50 anos.
É muito facil para o stus quo manipular os preços do petróleo assegurando vultuosos e insustentáveis lucros à medida que bioenergia avança, logo, o melhor para a indústria fóssil é investir em bioenergia, sem medo, assegurando ganhos dos dois lados, bastando conter o complexo fóssil de "deusite" que reina no setor de petróleo, gás e carvão.
Lucro Fóssil: Seja bem vindos à bioenergia.
Gestão Fóssil: Contente-se com 49% do capital acionário, pelos próximos 50 anos.
Certamente é tentador negociar etanol com a simplicidade do "Brent", o que confere um "poder único", mas, alcançar este objetivo, por hora impossível, passa necessariamente pela insenção global das tarifas alfandegarias ao etanol, portanto, o livre comércio na prática, começa com o etanol.
Este é o caminho, e o único caminho que apontará para a matriz renovável dominante entre as diversas fontes de etanol, e, havendo uma matriz renovável dominante, como são os combustíveis fósseis - petróleo, carvão e gás natural - ou o caso de sucesso único no mundo de etanol baseado em cana de açúcar no Brasil, certamente teremos nós próximos 50 anos uma especifição padrão para o etanol, e, um "bio-brent" negociado em todas as bolsas do mundo com os benefícios ou malefícios que isto trará.
Mas, sem livre comércio de etanol, para ontem, nécatibiriba para a comoditização do etanol e, até agora todos os esforços neste sentido, tem sido um tiro no pé e um chute no saco, sem contar o gasto com lobby de soma zero.
Caso a atual liderança da cadeia de valor energética fóssil quer ter representatividade na cadeia bioenergética que se forma, é dever de casa rever, para ontem, a os míseros investimentos em bioenergia, hoje, pois tais percentuais refletirão a posição futura no mix energético global. Num primeiro momento equilibrado, depois dominante por energias renováveis, não projetado em nenhum cenário.
100 Livre Comércio de Etanol. Temos Cenários futuros 100 sentido.
Cenários temos cenários 100 sentido, o futuro será 100 sentido.
JSobrinho - Editor Colaborador
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