terça-feira, 1 de junho de 2010

Bio Combustiveis - Fator de Segurança Nacional

Ao concebermos um projeto, as principais variáveis são risco e retorno. Seja um projeto de reforma residencial envolvendo algumas unidades monetárias, ou projetos que demandam bilhões ou trilhões delas.

No atual contexto econômico global discutir projetos de desenvolvimento, qualquer que seja ele, é discutir riscos, logo, não há espaço para outros temas senão econômicos, monetários, menos - desenvolvimento. Ao menos na forma tradicional de tratar "desenvolvimento".

Excessão à regra tem sido as alternativa inovadoras, fruto de detalhado trabalho de propeção e que este blog leva ao seus leitores com exclusividade e tem mais pela frente:




Temos o excesso de liquidez global e por mais paradoxal que se seja a redução de gastos na zona do euro e pregado aos quatro ventos, isto tem gerado constantes embates entre as equipes "desenvolvimentistas" e "monetaristas" nos governos do Brasil e de outros países sem chegarem à um consenso.

Os primeiros defendem religiosamente o desenvolvimento industrial quase que por condicionamento, enquanto que na visão dos monetaristas, quase que por condicionamento, os desenvolvimentistas são guiados po "ingenuidade", já que só eles, os monetaristas, tem a capacidade e a perpicácia, quase divina, para entender o que realmente acontece no mundo e como conduzi-lo através de normas econômicas.

O planeta gera um PIB de pouco mais de US$60 tri, portanto, impossível remunerar a atual liquidez global superior à US$650 tri se aplicado à este montante estonteante os juros venezuelanos, argentinos ou brasileiros. O planeta quebraria e junto o capitalismo.

É isto que tem ocorrido com frequência a mais de uma década.

A "quebra regular" de países e do "sistema financeiro" locais é tido (pelo menos é o que tentam vender os economista pela influência midiática que possuem, principalmente a TV) como normal e aceitável, afinal de contas, é a unica forma que o mercado financeiro encontrou para remunerar a sim mesmo.

Primeiro a onda de quebradeira geral varreu os países "emergentes" com reflexos diretos em outros países emergentes e menos nos países desenvolvidos. Agora, a bola da vez são os países "desenvolvidos" com reflexos diretos nos outros paises desenvolvidos e menos nos emergentes, como mostra a boa notícia acima.

O mercado financeiro opera 100% no cyber-espaço e possui raio x em tempo real dos países e, a seu critério, exigem serviços financeiros do tipo "reestruturação de dívidas" à gosto do próprio mercado financeiro pois só o mercado financeiro sabe como remunerar o mercado financeiro, não os desenvolvimentistas.

Uma premissa do "estatuto" do capitalismo é que o mesmo requer periódicamente up-grades para sobreviver, logo, o desafio dos economistas é enchergar uma forna de tornar os projetos de desenvolvimento rentáveis frente ao excesso de liquidez mas, essa prioridade é dever dos desenvolvimentistas, não dos economistas.

Por conta da marolinha de 2008 o sistema financeiro (organismo vivo com identidade, nome e endereço fixo) comprometeu US$ 7 trilhões, ou 18,8% do Produto Interno Bruto (PIB) dos contribuintes de 11 países desenvolvidos, onde se originou a mesma marolinha, para salvar seus bancos da falência e restaurar o crédito, revelou o Banco de Compensações Internacionais (BIS), enquanto que a maroliniha 2010 colocou alguns países da zona do euro de joelhos, obrigando-os a renegociarem suas dívidas impagáveis, incluindo alguns dos 11 países desenvolvidos já traumatizados pela marolinha 2008.

Mesmo com a marolinha de 2008 ainda fresca na memória de muita gente e surpreendendo novamente alguns países na versão 2010, os EUA perceberam que estão na rota (reta) também ao se esgotar opções européias.

Ciente disto, a administração Barack Hussein Obama II  revelou na última quinta-feira uma Doutrina de Segurança Nacional que une as áreas econômicas, diplomáticas ao poder militar para recuperar a hegemonia perdida.


A Estratégia de Segurança Nacional cita:
  • Economia: 50 vezes
  • Iran: 14 vezes
  • Korea: 07 vezes
  • Brasil: 06 
We welcome Brazil’s leadership and seek to move beyond dated North-South divisions to pursue
progress on bilateral, hemispheric, and global issues. Brazil’s macroeconomic success, coupled with its steps to narrow socioeconomic gaps, provide important lessons for countries throughout the Americas and Africa. We will encourage Brazilian efforts against illicit transnational networks. As guardian of a unique national environmental patrimony and a leader in renewable fuels, Brazil is an important partner in confronting global climate change and promoting energy security. And in the context of the G-20 and the Doha round, we will work with Brazil to ensure that economic development and prosperity is broadly shared.
  • Renewable energy, fuels, clean,biofuels: 04 vez
We have already made the largest investment in clean energy in history, but there is much more to do to build on this foundation. We must continue to transform our energy economy, leveraging privatecapital to accelerate deployment of clean energy technologies that will cut greenhouse gas emissions, improve energy efficiency, increase use of renewable and nuclear power, reduce the dependence of vehicles on oil, and diversify energy sources and suppliers. We will invest in research and next-generation technology, modernize the way we distribute electricity, and encourage the usage of transitional fuels, while moving towards clean energy produced at home.

Home: Our effort begins with the steps that we are taking at home. We will stimulate our energy
economy at home, reinvigorate the U.S. domestic nuclear industry, increase our efficiency
standards, invest in renewable energy, and provide the incentives that make clean energy the
profitable kind of energy. This will allow us to make deep cuts in emissions—in the range of 17
percent by 2020 and more than 80 percent by 2050. This will depend in part upon comprehen-
sive legislation and its effective implementation.

Twitter 1 - Biocombustíveis está incluído na Política de Segurança Nacional do Brasil.

Isso requer, para começar, incrementar novas formas de financiamento.

Situemos a expansão da produção de biocombustíveis no Brasil dentro do cenário da AIEA que estima em US$50 trilhões o orçamento para equilibrar o mix energético global até 2050.

The Biofuels Marshal

Biocombustíveis com elemento de Segurança Nacional requer trabalho conjunto e sincronizado dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo pois são os únicos orgãos com capacidade escalar para fomentar tal pleito, de sorte que as ações destes orgãos são também importantes para orientar a iniciativa privada, naturalmente focada nos lucros e ações de curto prazos e limitada nesta empreitada.

Atualmente mais de R$ 1,1 bilhão estão inativos nos antigo Fundos 157, criado pelo Decreto-Lei 157, de fevereiro de 1967, uma opção dada aos contribuintes para usar parte do imposto devido quando da declaração do Imposto de Renda em aquisição de quotas de fundos de investimentos para capitalização de empresas e administrados por instituições financeiras de livre escolha do aplicador.

Até 1978, os contribuintes recebiam, juntamente com a notificação do Imposto de Renda, um formulário para investimento em algum Fundo 157 de escolha do contribuinte, que, preenchido, deveria ser apresentado em algum banco ou corretora, para que fosse efetivada a aplicação. Em junho de 1985, os Fundos 157 então existentes foram transformados em Fundos Mútuos de Investimento em Ações e passaram para a competência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Twitter 2: O fundo 157 foi criado para conceder estímulos fiscais à capitalização de empresas, aumentando a base de investidores.

Segundo o Valor Econômicos, os fundos de investimentos são hoje uma das mais populares opções de investimento no Brasil, atraindo milhões de pessoas de todas as classes de renda e reunindo um patrimônio de R$ 1,4 trilhão - bem mais que a poupança, com R$ 334,7 bilhões. Mas quem são os fundos com maior número de cotistas? Estudo feito pela Economática em sua nova ferramenta de dados de fundos mostra que as carteiras com mais investidores são ainda as de ações herdeiras dos antigos fundos 157. Portanto, os principais fundos atualmente são evoluções do Fundo 157, que a exemplo dos dinossauros, não foram extintos, pelo contrário, cresceram vigorosamente.



Mas o que mais chama a atenção não são os mais de R$1 bihão inativos dos Fundos 157 ou em suas mutações, mas o quanto os atuais fundos são ineficazes na capitalização PERCEBIDA do setor de bio-combustíveis ou para  fomentar a ampliação da produção global de etanol nos próximos anos.

Apenas o Brasil, para ir dos atuais 27,4 bilhões de litros previstos para 2010, para 200 bilhões de litros nos próximos 10 anos, ou antes, demanda US$250 bi para aumentar em 7 vezes esta capacidade.

Certamente o US$0,54 por litros de etanol brasileiros que entram  nos EUA não contribuirão para isto e suas políticas públicas recentes não apontam nesta direção.

Se acontecer é lucro mas de qualquer forma as vão acontecer do jeito brasileiro.
 
Parte significativa dos fundos de investimentos privados no Brasil são Instrumentos de Políticas Públicas de Desenvolvimento e geridos pela iniciativa privada dentro das Políticas de Segurança Nacional de Desenvolvimento que demandam fluxos de capitais - biocombustíveis para começar - existentes no mercado financeiro e menos propensos a aterisarem em investimentos da produção, ou, quando existentes, não podem fazer frente ao montante requerido, portanto, o verdadeiro papel do conceito 157 está apenas começando.
 
No país do Proer, não é preciso uma massiva onda de compras para aumentar os preços de mercado da cadeia de valor. Na realidade, bastam apenas algumas transações a preços mais altos para subir os preços, que são determinados pelo comprador marginal.

Estas ações acontecem ao se definir os setor estratégicos os montantes e as ordens de compra na mesma naturalidade e simplicidade com que se compra e vendem dólares para "controlar" o câmbio.

Se a estratégia americana vai ou não funcionar não sabemos:

O que todos sabem é que para impor hegemonia militar é necessário 80 kg de um lado contra 80 kg do outro.

Já para o sucesso do The Biofuels Marshal são envolvidos 1,24 kg de cada lado e de forma colaborativa.


JSobrinho
Editor Colaborador

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