quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Midia inimiga e amiga

Excelentíssimo Senador José Sarney,

Sua avaliação é mais profunda do que as manchetes e meus sinceros elogios!


"Quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós; e dizemos nós, representantes do povo: somos nós. É por essa contradição que existe hoje, um contra o outro, que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas".

Sim as instituições representativas são, obviamente representantes do ser humano, mas, os representativos tradicionais não tem, nunca tiveram e nunca terão o monopólio desta represetação.Ponto. Simples assim.

Não. Não tem contradição e não há guerra, nunca houve e nunca haverá tal guerra.
O que acontece é que uma minoria resiste à esta percepção cristalina, porém, é, sempre foi e sempre será um privilégio da maioria e proximamente de todos.

Esta cinza ou uma minoria insiste em manter os olhos fechados?

Para ilustrar a falta de percepção da minoria, tomemos o efeito borboleta, um termo que se refere às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz.
Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo.

Porém isso se mostra apenas como uma interpretação alegórica do fato.

Será?

O que acontece é que, quando movimentos caóticos são analisados através de gráficos, sua representação passa de aleatória para padronizada depois de uma série de marcações onde o gráfico depois de analisado passa a ter o formato de borboleta, eliminando toda a complexidade de percepção:

"O SIMPLES BATER DAS ASAS DE UMA BORBOLETA, CAUSA UM TUFÃO DO OUTRO LADO DO MUNDO"

Romântico, mas não é interpretação aleatória não! É fato!

Outro exemplo:

O TRABALHO DE UM HIPPIE OU DONA DE CASA NO OCIDENTE MATA IRAQUIANOS NO ORIENTE!

Os "hippies" eram parte do que se convencionou chamar movimento de contra-cultura dos anos 60 tendo relativa queda de popularidade nos anos 70 nos EUA, embora o movimento tenha tido muita força em países como o Brasil somente na década de 70. Uma das frases idiomáticas associada a este movimento foi a célebre máxima "Paz e Amor" (em inglês "Peace and Love") que precedeu á expressão "Ban the Bomb" , a qual criticava o uso de armas nucleares.

O senador John Kerry, porém, votou a favor da invasão do Iraque, expondo-se a acusações dos republicanos de ser um "vira-casaca", crítica que alguns também estão tentando fazer a sua disposição de lutar no Vietnã apenas para voltar para casa e condenar a guerra.

Em uma manifestação em setembro de 1970, John Kerry, subiu ao palco com a atriz Jane Fonda e vários outros ativistas. Kerry atraiu uma grande ovação com um discurso instigante:
"Estamos aqui porque nós, mais que todo mundo, conquistamos o direito de criticar a guerra no Sudeste Asiático", ele disse. "Estamos aqui para dizer que não é patriotismo pedir que americanos morram por um erro."

Claro, não me referi ao ex-hippie e senador John Kerry, que, literalmente aprovou a invasão do Iraque, mas à outros cidadão não tão ilustres como eu, você e qualquer outro cidadão (incluindo os hippies pacifistas do mundo) que entram na cadeia de consumo tributada e não exerciam controle sobre o uso deste capital e riqueza gerada, a exemplo da compra de títulos do governo dos EUA e de outras nações pelo banco central de seu países para que os EUA e outros países recebessem os investimentos necessários para terem os meios e fins para invadirem, pilharem e saquearem o Iraque e com clara intenção sobre o Irã, Venezuela, Brasil e em outras fontes energéticas que venham a surgir, se comportando como abelhas Iratins.

Iratins são abelhas creptoparasitas - ou abelhas invasoras, ladras, saqueadoras -, conhecidas por iratins ou abelhas-limão.
"As iratins não trabalham nas flores e vivem a saquear colmeias de outras espécies", diz Waldemar Ribas Monteiro, diretor do Departamento de Abelhas Indígenas Sem Ferrão da Associação Paulista de Apicultores Criadores de Abelhas Melíficas Europeias (Apacame).

1 - Era pela maneira como enfrentavam o problema da violência que as sociedades moldavam a interação humana e definem as formas de sua organização política e econômica.
Até, 2008 ano da crise que afetou em cheio os países creptoparasitas e menos aqueles ligados à economia real/social, ocorre o ponto de inflexão quando, erroneamente, o viés corrente alimenta o controle do fluxo financeiro e combate aos paraísos fiscais pela cúpula do G20 em abril de 2009, quando na verdade, a adoção de Sustentabilidade sócio-ambiental como estratégia público/privado através de simples regulamentação da adoção de contra-partida sócio-ambientais para efetuar aquisição de TREASURY SECURITIES de países por bancos centrais autônomos é o suficiente.

2. Introdução

Nesta breve introdução vamos definir o cenário eco-geo-político que sustenta o objetivo deste paper.

Problema 1: Déficit energético
A produção de petróleo dos EUA foi de 9,0 milhões de barris/dia em 1965 e de 6,7 milhões de barris/dia em 2008, enquanto que o consumo no mesmo período foram de 11,5 milhões de barris/dia e 19,4 milhões de barris/dia, respectivamente, configurando um déficit energético de 12,7 milhões de barris dia, ou US$ 26.6 bi/mês, contribuindo para o déficit federal americano de US$180,7 bilhões em julho último, que somados à projeções orçamentarias, mostram um déficit cumulativo de US$ 9 trilhões ao longo dos próximos 10 anos, refletido no encolhimento de 6,3% do PIB no último trimestre de 2008 (taxa anualizada), a maior contração do Produto Interno Bruto (PIB) em 26 anos.

Problema 2: Déficit econômico provocado por economia não lucrativa/sustentável.

Em Junho último os EUA tinham US$3.38 trilhões em TREASURY SECURITIES nas mãos de estrangeiros, ficando os Oil Exporters (Equador, Venezuela, Indonésia, Bahrain, Irã, Iraq, Kuwait, Oman, Qatar, Saudi Arabia, the United Arab Emirates, Algeria, Gabon, Libya, e Nigéria) com US$191.0 bi na terceira posição, o Brasil em sexto lugar com US$139.8 bi e a China em primeiro lugar com US$776.4 bi.



Problema 3: Déficit tecnológico

O Irã tem déficit diário de 20 milhões de litros de gasolina, embora auto-suficiente em petróleo, no entanto, diferenças ideológicas impedem que os EUA juntem a fome com a vontade de comer. Ao contrário, os EUA estão liderando esforços da comunidade internacional para isolarem o Irã e impedi-los de usarem energia nuclear para fins pacíficos, mesmo depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU atestou como pacífico o programa nuclear do Irã.

Solução 3:
Juntando a fome com a vontade de comer

20 000 000 litros de gasolina/75 litros (um barril de petróleo) = 267 mil barris de petróleo processado por dia.

O Brasil implanta uma nova refinaria com usina de CCS (captura e armazenamento de carbono) ao investimento de:

(US$ 50 000 por barril x 267 mil barris/dia) x 1.2 (margem de segurança de 20%) = investimento de US$ 16 bilhões + US$5 bilhões em usina de CCS, totalizando investimentos de US$21 bilhões com a refinaria e usina sendo entregues em 2012 com a assinatura do contrato ainda em 2009.

A nova refinaria do Irã vai gerar 2 milhões de ton de CO2/ano para uma cotação de 16 a 40 euros/ton, teremos receitas extras de 32 a 80 milhões/ano para acelerar o retorno dos investimentos nas refinaria e usina de CCS.


Isso será viabilizado com a assinatura do Protocolo de Kioto pelo Irã em 2009, que, de imediato vai esvaziar todas as sanções, integra Irã à comunidade internacional e pavimenta a auto-estrada da "terceira revolução industrial - a economia pós-carbono", nas palavras do El Hassan Bin Talal, príncipe jordaniano e membro da Comissão Defensora de Direitos Legais para os Pobres e presidente do Fórum Ásia Ocidental-África Setentrional que já enchergou a nova economia dos derivativos sustentáveis.


Solução 2:
Nova economia de derivativos sustentáveis.

EUA e mundo seguem Irã e assinam PK em 2009.

As reservas de 115 bi de barris de petróleo do Iraque valem US$8 tri contra uma guerra que nos custou US$3 tri, gerando um pequeno saldo, mesmo quando somado aos dividendos de uma provável invasão do Irã.
Os valores sociais já foram depreciados pelos sinismo global, uma vez que o planeta financiou a invasão do Iraque através da compra de títulos dos EUA e aliados.

A UE estabeleceu metas de redução de emissões de CO2 de 20% até 2020 e serão necessários US$45 tri no período.
Por enquanto este capital seria proveniente de uma economia real/social que atualmente gera um PIB de US$60 tri.
Certamente uma economia gerida por mentes fósseis não proverão tais recursos com base no balanço de 31 ton de CO2 emitidas em 2008, frente a meta de emissões de 20 ton de CO2 para 2012, fim do PK, um excedente de 11 bi de toneladas a serem reduzidas nos próximos 4 anos.

Ano passado havia US$$167 tri em ativos (riqueza acumulada) que geraram mais de US$650 tri em derivativos descolados da economia social/real exatamente pelo fato desta ser incapaz de remunerar tal montante à contento ou de forma sustentável.

Como atrair este montante para a economia real/social de forma sustentável?
Em 2003 o Unibanco investiu R$60 mi em biotermelétrica Bandeirantes que gerou R$150 em leilão de créditos de carbono realizados em 2007/2008 na BM&F pela prefeitura de São Paulo,dividido em partes iguais com a Bioenergia. Enquanto isso o Unibanco usufrui de fonte de energia limpa com tarifas menores e vende o excedente ao mercado aberto.
Considere este cenário se repetindo para os três participantes e refletindo na economia real:
Esta configurado um modelo sócio-econômico sustentável e replicável em outras usinas, uma vez que não se esgota o lixo orgânico e sobre esta alavancagem teremos outra que alimentará os derivativos sustentáveis que por sua vez atrairá os ativos mencionados de US$167 tri para financiar o mercado de baixo carbono, uma vez que a economia real não tem capacidade ou motivação para financiar a economia de baixo carbono, muito menos a de derivativos sustentáveis.

Mas, sendo o Unibanco uma empresa da economia tradicional, porque investiu neste projeto?
O Unibanco, a exemplo do Banco Mundial, é uma empresa que tem Sustentabilidade com estratégia, exigindo contra-partida sócio-ambiental para conceder empréstimo, portanto, o Unibanco opera na economia real/social, porém é uma organização parcialmente sustentada por derivativos sustentáveis, proveniente da economia do baixo carbono pela inexpressiva quantidade destes projetos.

O que limita a expansão deste mercado?

1. Definir Sustentabilidade como estratégia de gestão de Bancos Centrais.
2. Condicionar compra de títulos do tesouro dos EUA e de outros países à contra-partida sócio-ambiental:
Consequêcia: Assinatura do protocolo de Kioto.
Consequência: Não intervenção militar em nações soberanas.
Consequência: Foco na economia real/social
Consequência: Cura dos paises Creptoparasitas



Solução 1:
Tem pra todo mundo

Brasil define percentual de mistura de bioenergéticos em combustíveis dos EUA e efetuam troca cruzada de ações de produtores de etanol nos dois países de forma a anular o lobby cruzado de soma zero, reduzindo emissões dos EUA ao mesmo tempo que reduz dependência de fontes não renováveis, recupera seu mercado de bioenergia estagnado e acelera o mercado de baixo carbono na forma de créditos de carbono e ampliando o mercado de derivativos sustentáveis pela atração do excesso de liquidez para a economia real/social.
Paralelamente continuam esforços para novas descobertas de hidrocarbonetos em parceria com Petrobras e venda de excedente do pré-sal mantendo nossa matriz limpa.

3. Teste acelerado

A indústria bélica é importante e dinâmica e seus resultados financeiros já foram diluídos no ítem 2, portanto, o que teremos é sua transformação acelerada e reorientação para sedimentar a presença e habitação segura da humanidade fora do planeta terra, começando pelo sucesso da cooperação global para construção e implantação da estação espacial internacional.



Referencias:

BP p.l.c. Statical Review of World:
http://www.bp.com/liveassets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/reports_and_publications/statistical_energy_review_2008/STAGING/local_assets/2009_downloads/statistical_review_of_world_energy_full_report_2009.xls

Department of the Treasury/Federal Reserve Board August 17, 2009
http://www.treas.gov/tic/mfh.txt

World Bank/DDP Quick Query: CO2 emissions and Population growth (annual %)
http://ddp-ext.worldbank.org/ext/DDPQQ/member.do?method=getMembers&userid=1&queryId=135

McKinsey Global Institute (2008), Mapping Global Capital Markets: Fourth Annual Report, January.
http://www.mckinsey.com/mgi/publications/Mapping_global/executive_summary.asp

A modernização das economias
http://74.125.93.132/search?q=cache:VAJ3Z6bnjUcJ:www.mre.gov.br/portugues/noticiario/nacional/selecao_detalhe3.asp%3FID_RESENHA%3D612203+principe+jordaniano+mre&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br



Mão à Obra:

Implementação:


Nossa missão - a minha e a sua - é influenciar construtivamente políticas sócio-ambientais públicas no Brasil que ecoem e sejam replicadas no mundo.
Certamente bilhões de cidadãos representantes dos países do anexo 1 querem assinar o Protocolo de Kioto, mas, a democracia reservou este ato para seu representante maior, escolhido nas urnas, no entanto, para este mesmo representante se comprometer com este anseio global são necessárias ações pragmáticas fora dos países retardatários.
Em 22 de julho de 2008, Washington, os senadores John Thunewith, Sam Brownback, Ken Salazar e Joseph Lieberman introduziram o Open Fuel Standard Act que determina que 50% dos novos automóveis sejam flex em 2012 e que este percentual aumente para 80% em 2015.
Carros flex funcionam com gasolina, etanol, metanol, ou biodiesel e certamente os EUA e o mundo pensando e agindo desta forma teremos um mercado promissor para exportações de tecnologia e soluções pelos brasileiros, líderes em bio-energia, além da criação de novos empregos com valor agregado, propulsor de nova riqueza qualiquantitativa, que todos almejamos e certamente esta mesma riqueza sustentável ecoará e será replicada por todo o mundo.
Também nos EUA, em 17 de junho último, o Senate Committee on Energy and Natural Resources votou por 15 a 8 o American Clean Energy Leadership Act of 2009 determinando que 15% da eletricidade em âmbito nacional seja de fontes renováveis por sol, vento, biomassa, geotérmica, hídrica até 2021.
A energia elétrica dos EUA são de 3.656 tri de kWh (2003), distribuída com 50% carvão, 19% nuclear, 17.5% gás, 7% hidro elétrica, 3% petróleo e 1% biomassa.
Com esta matriz energética, não faz o menor sentido carros elétricos ligados na tomada, pois, enquanto os norte-americanos dormem, se preparam para um 'mau dia', cada vez mais poluído por termelétricas à carvão que geram sua energia elétrica, fazendo com que seus carros híbridos/elétricos sejam para 'ingles ver' pois são abastecidos com energia poluidora com efeitos de soma zero.
Alguns senadores perceberam o problema e estão dedicando esforços legítimos, mas, enquanto Obama e outros países retardatários não assinarem o PK, todo este esforço, lá, cá e acolá, são "para inglês ver'.
Como fazer Obama usar a caneta e assinar o PK antes de Copenhage em dezembro próximo?

Como sexto maior comprador de títulos do tesouro dos EUA, nós brasileiros pacíficos, somos direta e indiretamente responsáveis por suas políticas públicas ao emprestamos dinheiro para os EUA invadirem o Iraque ao comprarmos estes mesmos títulos do tesouro dos EUA, através do Banco Central do Brasil.

Os EUA, como uma empresa em dificuldades financeiras e sem capital de giro, emite títulos no mercado e bancos centrais dos países compram estes mesmo títulos sem exigir contra-partida sócio-ambiental, como faz o Banco Mundial.

No entanto, enquanto os EUA não assinarem o PK, qualquer boa manifestação aqui, lá e no mundo são apenas boas intenções ou 'para inglês ver', e, vale lembrar que de boas intenções sem ação, o inferno está cheio.


1 - Banco Central do Brasil regulamenta compra títulos de governos que assinaram o Protocolo de Kioto até 2009, antes da realização da COP15 em Copenhage.
2 - Fundo Social do Pré-Sal só investe em títulos de governos de países que assinaram o Protocolo de Kioto até 2009, antes da realização da COP15 em Copenhage.


Fontes:
http://thomas.loc.gov/cgi-bin/query/z?c110:S.3303:
http://energy.senate.gov/public/_files/TheAmericanCleanEnergyLeadershipActof2009.pdf



--
sds,
José S Sobrinho

2 comentários:

ModeloBrasil disse...

A lógica americana é: Uma vez que existem desmatamentos no Amazonas que atinge a humanidade, podem dispor da Petrobras e do Amazonas que o mundo vai aplaudir, portanto, não respeitam soberania em se tratando de um país da América Latina que sempre mantiveram no cabresto.

Favor visitar http://modelobrasil.wordpress.com/ que poderá representar uma nova perspectiva para a CPI da Petrobras e outros assuntos de interesse social. Entendo que tenho condições de dar continuidade no trabalho desviado no início que promoveu o governo havido.

Trainsppotting disse...

Prezado Paulo Eduardo de Araújo Costa,

Respeito sua opção em não aceitar respostas no seu blog, enquanto responde em blogs de terceiros para chamar a atenção para seu blog,mas, no caso da Petrobras,sugiro ver minha resposta pró-ativa à “Pré-sal: entrevistas de Gabrielli em Paris”
http://www.blogspetrobras.com.br/fatosedados/?p=8496

Nosso foco é:

1 - definir ou identificar cenários.
2 - definir ou identificar atores e suas responsabilidades.
3 - influenciar pelo debate democrático ou lobby financeiro/não financeiro os atores.