quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Equilíbrio do Mix Energético

O Perspectiva em Tecnologias Energeticas 2008 da Agência Internacional
de energia calculou em US$45 tri os investimentos para equilibrar o mix energético entre 2010 e 2050:



Espera-se com isso reduzir as emissões de GEE em ~50% no período.


Para começar, consideremos a meta dos EUA de aumentar a frota de veículos fuel flex para 50/80% entre 2012/15 conforme esforço legislativo em tramitação no Congresso mas, os desafios começam na bomba de combustível:

Apenas cerca de 1 300 postos de um total de 180 000 têm álcool nos EUA, e em muitos estados não está disponível enquanto que no Brasil praticamente todos os 35.000 postos oferecem álcool.


Ao descobrirem que o automóvel não era o fim, mas apenas um dos diversos meios para ir de um ponto a outro, os pioneiros da indústria automobilística só experimentaram um boom de produção/vendas depois da invenção das estradas e, de forma analógica, apenas quando tivermos postos bi-combustíveis nos EUA na proporção brasileira é que os projetos de expansão de etanol em escala global terão sentido eco-sócio-econômico.





Enquanto isso o Green Peace reclama que a BP investe mais de 93% na exploração de óleo e gás, enquanto que aplica menos de 2,79% em biocombustíveis.




As ações da petroleiras estão em sintonia com seu DNA pois a BP se chama empresa inglesa de petróleo e, para muda-la, juntamente com toda a cadeia de valor focada no equilíbrio do mix energético é preciso, primeiro mudar o nome da cadeia de valor para empresas de energia, afinal de contas, é esse desequibrio o responsável pelo desequilíbrio  climático, social, político e econômico, de sorte que, da mesma forma que não existe energia limpa, não existe, nunca existiu e nunca existirá energia suja, como querem rotular erroneamente carvão e óleo.





Primeiro foco pra ontem:

  • Instalar 178 000 bombas de etanol nos EUA.
  • fabricar ou importar milhões de veículos fuel flex.
  • plantar cana de açucar mundo à fora (Brasil, caribe, Africa) para complementar o etanol de baixa produtividade do milho.
  • produzir bilhões de litro de etanol.
  • transportar bilhões de litros de etanol por caminhões, navios acooldutos, trens e etc.
  • consumir etanol e negociar créditos de carbono.
  • produzir milhões de carros elétricos híbridos com o cliclo otto fuel flex, claro.
  • replicar o modelo.
A GM, pediu e saiu da concordata e mesmo assim o governo detêm 60% das ações, fechou fabricas de SUV (os carros gigantes em tamanho e consumo - no Brasil são flex), vendeu unidades como a iconográfica Hummer por falta de demanda (os H3 são flex depois que os H2 edição limitada também eram), exatamente porque esta migrou para os carros "populares", agora, tentência global na feira de Detroit deste mês, resultado do preço do petróleo ter ido de 38 para 148 e se estabilizado em US$78, fazendo disparar o preço da gasolina nos EUA e outros mercados.

Detalhe: Porque o preço da gasolina permaneceu estável no Brasil?

Pelo binômio fuel flex/Petrobras (estatal).

A Petrobrás repassa o aumento do petróleo apenas meses à frente e de forma homeopática para não desestabilizar o mercado, segundo palavras do Gabrieli no 10 Encontro de Energia em SP, ano passado.

Em resumo, para converter os postos americanos para fuel flex e implementar todos os outros up-grad necessários para equilibrar o mix energético é necessário um Energy Mix World Fund que assuma posições e reoriente esta mesma cadeia de valor.

Esta missão e posição permite o retorno do capital à medida que o perfil de demanda/consumo é alterado sem comprometer "o fluxo de caixa" dos investidores não depreciando os ativos que sofram desaceleração à medida que se equilibra mix energético gerando ganhos para aos cotitas para onde quer que vá a demanda, enquanto preserva o equilíbrio eco-bio-social.

Tal desafio está distante do perfil atual dos BNDE´s globais e sem sincronia com esta missão/visão assim como os fundos de pensão e quando, atuam, o fazem de forma míope a exemplo de tentarem subornar a Petrobrás para sair do Irã sob ameaça de venderem suas posições/ações, daí a necessidade de um novo fundo com visão/missão clara para os próximos 40 anos tendo como cotitas:

- BNDESś globais
- Fundos de pensão
- Criadores/Fundadores/Administradores do fundo tem automaticamente
cotas de 3% vendáveis 50% após 10 anos e 100% após 40 anos.
Ps: podem ser os autores do posting ou outros mais rápido no gatilho.

O fundo começa a operar depois da abertura de capital uma vez que previamente foi acertado a participação/compra de cotas através de road-show junto aos BNDES`s globais e Fundos de Pensão comprometidos à compor  US$1 tri/ano até completar os US$45 tri para o up-grade em 40 anos ou em menos tempo.

A importância do perfil dos cotitas se deve ao fato óbvio destes terem visão/missão/atuação de longo prazos - nossas aposentadorias para começar - e, caso não seja possível arrecadar o montante/cotas necessários, poderemos ter a participação de outros fundos tradicionais do tipo "porra locca", facilmente influenciáveis pelo "efeito manada" desde que, antes, passem por um "choque de gestão" e retrofit para que a missão/visão seja focada no equilíbrio do mix energético nos próximos 40 anos ou menos caso a meta seja atingida.


www.iea.org/techno/etp/ETP_2008_Exec_Sum_portugese.pdf

bp.com
publicado originalmente no :

http://ethanolbrasil.blogspot.com/2010/01/equilibrio-do-mix-energetico.html


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