segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Cooling is cool

TI é o principal setor industrial no primeiro mundo e já ultrapassou a indústria do aço, dos automóveis e do petróleo e representa mais de 15% do PIB mundial, contudo este é um segmento caórdico - uma mistura de caos e ordem - e ter bolsos recheados não significa que as coisas serão executadas corretamente no curto, médio e longo prazos, basta lermos recente diagnóstico do Gartner Group, mostrando que os bolsos poderão estar menos volumosos por conta do próprio crescimento orgânico e tecnológico ainda baseado na mecânica clássica, ao passo que demandamos sistemas quânticos com urgência:

"Gartner Says 50 Percent of Data Centers Will Have Insufficient Power and Cooling Capacity by 2008"

Para simplificar:
Computadores de pequeno e grande porte tiveram um aumento significativo de desempenho graças à novos e velozes processadores e seus periféricos, porém este aumento de desempenho vem acompanhado de dissipação de calor exponencial, impossível de serem resfriados à contento física e financeiramente simplesmente circulando ar frio dos sistemas de ar condicionado tradicionais uma vez que a eficiência da área de troca de calor ar/silício é limitada e não podemos simplesmente abaixar a temperatura do ar pois teríamos problemas com a umidade do ar que condensaria sob os componentes ou com a eletricidade estática.
Alguns sinais já haviam sido dados por estudos da Big Blue em 2003, mas tal previsão para o segmento de TI surpreende e, assusta, o que em parte justifica a ausência dos EUA no protocolo de Kioto, porém não perdoa a omissão da administração Bush em exigir de seus cientistas o desenvolvimento de chips ópticos, ou menos gastões, ou até mesmo servidores integrados - cpu - hd - fonte - memória e etc de forma que possamos utilizar sistemas eficientes de refrigeração líquida com os componentes 'inundados' como ocorre com os repetidores ópticos na rede submarina de cabos de fibra ao invés de ar como ocorre hoje. Sistemas resfriados por ar possuem área de troca significativamente inferior à água. O prazo de desenvolvimento de tais sistemas deveria ser definido a exemplo de seu compatriota que exigiu astronautas na lua com data definida e orçamento ilimitado.
Agora temos que conviver com sistemas de energia não confiáveis - vide apagões lá e cá - em parte causado pela demanda de ar condicionado de uso geraI por conta do aquecimento global - dizem - ou por conta de databurns gastões que utilizam sistemas frigorificos do tempo da onça. Para embolar o meio de campo os cientistas tentam transferir para os governos em conferências intermináveis e inúteis o que são de suas responsabilidades.
E não para por ai. O tema meio ambiente recebeu um componente que infelizmente nós brasileiros globalizamos - o samba do crioulo doido.
Fizemos um esforço enorme com a Eco 92 mas a presença de alguns midiáticos confirma que todo aquele esforço foi, infelizmente, midiático e só.
Já se foram mais de 15 anos e um esforço prático e inútil foi a criação do gás R134a para substituir o R12, um dos principais causadores do aumento do buraco na camada de ozônio assunto que nos atormentou com a possibilidade de horríveis câncer de pele.
Resultado: O R134 é causador de efeito estufa o problema da moda que , de novo, nos torturam com cenas catastróficas, como se vários desertos conhecidos não tivessem sido mar e visse versa, num ciclo temporário que exige uma capacidade de processamento/compreensão além cérebro humano. E o tal R134a já tem dias contados para ser substituído na Europa: Não deve passar de 2011, daqui a 3 (três) anos.
De fato, concreto e mensurável é que não pensar e agir de forma ecológica agora, aumenta o custo de energia e, sentindo no bolso, podemos mudar alguns hábitos.
E o pior é que o SCD continua tocando, neste exato momento, início de 2008!
A anos que o tão famigerado CO2 nos proporciona prazer indescritível ao degustarmos água com gás e refrigerantes, ou tem se mostrado muito eficaz em sistemas de refrigeração industrial à mais de 20 anos! Mas só agora, a Embraco, brilhante empresa com dna brasileiro produz compressores para refrigeradores domésticos que funcionam com o CO2 e outros gases em substituição ao R134a, mas, adivinhem, com vistas à exportação.
Parabéns à EmbracoTeam e um puxão de orelha na administração Lula que não fomentou uma lei que substitua gradualmente, com incentivos, refrigeradores com tecnologias nocivas por refrigeradores com CO2 em escala global.
Voltando á vaca fria, teremos que urgentemente eliminar a redundância nos data centers - sistemas frigoríficos, de energia e dados - como forma de ir além da virtualização de sofware para um patarmar consistente e necessário - a virtualização da infraestrutura completa.
Antes o segmento passará naturalmente ou via take-over por consolidação que viabilize o compartilhamento de infra-estrutura para que tenhamos unidades físicas completamente redundantes no sentido de um data-center substituir outro numa emergência.
O compartilhamento de infra é uma pratica corrente nas operadoras de telecom para viabilizar roaming em escala planetária, do contrário sistemas de refrigeração e energia para seu funcionamento sairão mais caros que os sistemas de TI daqui a 2 (dois) anos.


* fontes

gartner.com/it/page.jsp?id=499090
myjavaserver.com/~jossobri/Chu_University_Presentation_1.pdf
/EdisonBladeCenterPowerStudy.pdf

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