Estimado Embaixador Thomas Shannon,
"O que um Irã nuclear significa para nossa posição histórica no Oriente Médio?"
O sr. respondeu sua pergunta na própria entrevista com a diferença que se referiu ao Brasil quando poderia se referir ao Iran caso o acordo nuclear assinado entre Iran e Estados Unidos em 1957 não tivesse sofrido ingerência ou cancelamento.
Se passaram 53 anos de tempo perdido e as sanção significam restrição, portanto, pecado e mais protelação à retomada e atualização do pragmatismo de 1957, seguido do cancelamento das sãnções ao Iran, desconhecido pela atual administração e geração norte-americana, o que justifica em parte o amadorismo com que aquele país tem sido tratado.
Me permita repetir e redirecionar suas palavras ao Iran no curto prazos com base na premissa acima:
Defendi no Woodrow Wilson Center, em Washington, as "oportunidades e potencial muito positivo" das relações bilaterais entre EUA e Iran.
Os EUA e Iran necessitam de uma diplomacia inteligente e criativa, para entender os pontos de convergência e reconhecer que, numa relação madura e saudável, sempre vai haver diferenças", comenta ele e defende o "manejo" das divergências para não prejudicar os "pontos de convergência".
O capital diplomático acumulado nas relações entre os governos americano e iraniano é superior que a atual administração e geração norte-americana, portanto, as relações entre Estados Unidos e Iran são baseadas em interesses nacionais, entre as duas sociedades, de setores comerciais, setores público ou privados baseados nas transformações nos EUA, Iran e no mundo.
Uma relação de amizade, de colaboração informal é sempre seguido de um processo de estrutura formal de diálogo, mais independente de quem é o líder.
Difícil encontrar parceiro com histórico cultural e de relacionamentos melhor que o Iran que, embora não democrático, tem mercado consumidor considerável o automaticamente o faz participar de projetos de integração econômica com os vizinhos e mundo através da globalização, preservando a localização.
Na prática a existência de mercado consumidor siginifica compromisso com as organizações internacionais de comércio enquanto as recentes ambições militares iranianas vão de encontro à esforços que procuram neutralizar esta integração do Iran com o planeta, logo, repito, as décadas de amizade entre EUA e Iran suplantam as diferenças entre as recentes administrações norte-americanas que ingnoram o fato de que a integração de sociedades distintas e não uniformes estão acelerando ainda que isto implique na preservação da localização.
Nas relações entre países, é preciso focar nos resultados.
Só o fato de o Iran se mostrar disposto e ter conseguido assinar acordo nuclear com Brasil e Turquia no âmbito da ONU, abre caminho para oportunidades em energia, em ambiente, e avançando em temas sensíveis e difíceis, tendo o Brasil e Turquia como "economic partnership" [parceria econômica] mostra o interesse em melhorar a relação com o mundo onde cada país participa estimulado por esta tríade com o que tem de melhor pois este esforço tripartite com ampla torcida conseguiu criar um "one stop shop" que faltava até que as relações sejam normalizadas em todo seu expectro possível, ou seja, a comunidade internacional totalmente integrada ao Iran.
O mercado brasileiro se tornou uma das prioridades na estratégia de exportação de Obama pois o país se transforma rapidamente em país de classe média, com forte mobilidade social e o setor privado vê oportunidades para a venda de eletrodomésticos, automóveis, serviços de saúde e turismo. Essa classe média também anima companhias de seguros e cartões de crédito americanas, e a perspectiva da Copa e dos Jogos Olímpicos no país tem atraído empresas do setor de segurança e controle de portos e aeroportos, firmas de infraestrutura. "Não poderia haver melhor época para ser embaixador no Brasil.
O mercado iraniano se tornou uma das prioridades na estratégia de exportação do Brasil em soluções únicas à exemplo da perspectiva norte-americana do mercado brasileiro para suas soluções e expertisse exclusivas, e os esforços brasileiros no Iran certamente significam oportunidades para empresas norte-americanas.
Estimado, Shannon, além de cozinhas industrias e equipamentos para servir seu chopp gelado e a ótima refeição do BSB Gril, estamos envolvidos no fornecimento de usinas de etanol ao Iran um produto estratégico do Brasil enquanto limitado nos EUA ao apostar no aumento de energia nuclear na matriz energética conforme o recente plano de segurança nacional, portanto, qualquer restrição à energia nuclear no Iran ou em qualquer outra região significa insegurança jurídica global e portanto restringe o alcance dos negócios norte-americanos americanos no mundo.
Atenciosamente,
JSobrinho
cc:
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CULTURA - O americano tranquilo
Data: 18/06/2010
Fonte: Valor Econômico
Por Sérgio Leo, de Brasília
Thomas Shannon, embaixador dos Estados Unidos de Barack Obama para o Brasil, ex-subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental no governo George Bush, é, de fato, um americano tranquilo. Mas nada tem a ver com o personagem de Graham Greene, interpretado por Brendan Fraser na última versão cinematográfica, de 2002, do livro que, em inglês ganhou o nome de "The Quiet American". O americano tranquilo de Greene, Alden Pyle, é um idealista perigoso, para quem os fins justificam os meios, e sua intervenção nos assuntos da Indochina acaba em tragédia, até para ele próprio. Shannon, diplomata, é um inveterado negociador. Nem de longe um personagem trágico, é, ou garante ser, um otimista.
Ele chega para o almoço de "À Mesa com Valor" com um habitual meio sorriso no rosto, bem-humorado após uma semana de intenso trabalho, na qual acompanhou as idas e vindas das negociações entre Brasil e EUA sobre subsídios ilegais ao algodão americano e, em especial, atuou discretamente nas conversas com autoridades brasileiras a respeito do empenho do governo Lula contra as sanções das Nações Unidas ao Irã, acusado de buscar condições de fabricação de bombas atômicas.
As regras da diplomacia internacional recomendam, no entanto, não começar um almoço informal com assuntos indigestos como uma bomba nuclear. Gravatas, nessas ocasiões, dão bom pretexto para conversa, e Thomas Shannon veste uma, repleta de bandeirinhas da África do Sul. Viu, na embaixada sul-africana, o primeiro tempo do primeiro jogo da Copa e diz ter esperanças em relação à seleção americana (sobre o jogo com a Inglaterra, brincaria, dias depois: "Sempre ganhamos dos ingleses"). Vai torcer pelo Brasil também, é claro. Nada mais diplomático. Brincalhão, explica porque escolheu o restaurante BSB Grill, uma popular casa especializada em carnes. "Pensei no Carne de Sol, que é muito informal, gosto de carne de sol", comenta, mas diz que descartou a opção por ter preços muito baixos. "Vi os cardápios que vocês publicam e não queria que pensassem que sou um "cheap ambassador" [embaixador barato]."
Morando atualmente no Setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, Shannon se queixa de estar longe dos restaurantes e lojas que aprecia mais. Pede um chope e conta que costuma passear pela Asa Sul, com a mulher, Guisela, de origem guatemalteca, nos fins de semana, para reencontrar lugares frequentados na época de funcionário graduado da embaixada nos anos 90.
Ele parece mesmo ter queda por carne de sol. "Tem um Xique-Xique, que não é chique, mas é excelente", brinca, fazendo propaganda de um restaurante frequentado por petistas e sindicalistas nos anos 80, antes da chegada de integrantes desses dois grupos ao poder.
Brasília no fim dos anos 80 ainda era acanhada, quase "uma escultura", lembra o diplomata. Pouco antes de assumir a embaixada, espantou-se ao ver, pela janela do avião, prédios com dezenas de andares, irreconhecíveis para o Planalto Central. Soube depois que era o bairro de Águas Claras, exemplo da especulação imobiliária na capital. "É uma cidade inteira, em menos de 20 anos, indica o crescimento forte e o dinheiro que há na cidade", diz, impressionado.
Shannon destaca-se entre os últimos embaixadores enviados pelos EUA ao Brasil pela experiência com assuntos da América do Sul. Já morou no país, no fim do governo José Sarney e no governo Fernando Collor; foi embaixador na Venezuela nos anos que antecederam a chegada de Hugo Chávez ao poder; e fez carreira no Conselho de Segurança Nacional e na Secretaria de Estado nos EUA principalmente em postos ligados aos temas da América do Sul e Central. Sabe do que fala ao comentar o Brasil.
Lembra que, em fevereiro, já confirmado como embaixador de Obama para o Brasil, deu uma palestra no Woodrow Wilson Center, em Washington, defendeu as "oportunidades e potencial muito positivo" das relações bilaterais, mas também comentou os "desafios". Desafio, como se sabe, é a palavra dos diplomatas para se referir a problemas, conflitos e atritos nos governos.
"Falei de como os dois países necessitavam de uma diplomacia inteligente e criativa, para entender os pontos de convergência e reconhecer que, numa relação madura e saudável, sempre vai haver diferenças", comenta ele e defende o "manejo" das divergências para não prejudicar os "pontos de convergência".
Mas quais divergências já eram identificadas como desafio na palestra de fevereiro? "O Irã."
Nesse momento, num timing perfeito, chega o garçom, com uma bandeja de esfiha, que ele olha, curioso. "Comida do Oriente Médio", ressalta o repórter. Ele ri, prova e faz cara de quem gostou. Deixa de lado o Irã, porém, e fala do capital diplomático acumulado nas relações entre os governos americano e brasileiro.
"Nos últimos anos transformamos uma relação de amizade, de colaboração, bastante informal", começa, lembrando o bom relacionamento dos líderes como os presidentes Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton. "Com os presidentes Bush e Lula começa um processo de estrutura formal de diálogo, mais independente de quem é o líder", diz o embaixador americano. "É a ideia de que as relações entre Estados Unidos e Brasil são baseadas em interesses nacionais, entre as duas sociedades, de setores comerciais, setores privados baseados nas transformações no Brasil e no mundo", continua.
Mais para o fim do almoço, ao voltar a falar da relação "estrutural" entre os dois países, Shannon desfiaria, mal parando para respirar, uma lista de razões para os EUA se aferrarem à relação com o Brasil: "Difícil encontrar parceiro melhor (na região), é democrático, tem economia de mercado, projetos de integração econômica com a região, participa da globalização no mundo, tem compromisso com as organizações internacionais, não tem ambições militares nem brigas com os vizinhos, anda no mundo de maneira pacífica e temos décadas de relacionamento e amizade, com vínculos na sociedade que estão acelerando".
Ufa. Mas o governo Lula é frequentemente acusado de antiamericanismo, de resistência às iniciativas dos EUA. "Não sinto isso." Não está falando para acomodar as arestas, diplomaticamente, como embaixador? "Ora, sou o embaixador!", nota Shannon, enfático e risonho, a essa altura, eliminando as últimas migalhas da esfiha no prato. Mas insiste. "Nas relações entre países, é preciso focar nos resultados e, medindo os resultados, é difícil dizer que houve antiamericanismo", garante.
Mas que resultados? Não há acordo comercial em discussão, os países têm uma disputa na Organização do Comércio, divergem em Honduras, no Irã... "Só o fato de o Brasil estar disposto a manter com duas administrações dos EUA uma estrutura formal de diálogo, na área de energia, em ambiente, em outros temas, buscar maneiras de avançar em temas sensíveis e difíceis, ter um diálogo como o "economic partnership" [parceria econômica] mostra o interesse em melhorar a relação".
Shannon começa a discorrer sobre o papel fundamental do Brasil na reconstrução do Haiti e, ao ser lembrado de que, após o terremoto, militares brasileiros e americanos andaram se estranhando em solo haitiano, ameniza o atrito e insiste em elogiar a atuação brasileira na construção das instituições no país centro-americano. É interrompido pelo garçom, que traz cortes de carne gigantescos à mesa.
São apresentados ao embaixador, ainda crus, a picanha italiana e o bife de ancho. O embaixador contempla as carnes, interessado. "Como se chama isso?" pergunta. "Eye rib steak", repete, traduzindo, o garçom. "Não; como é em português?" Aprende que é "bife de ancho" no cardápio do restaurante. Reavalia o cardápio e pede fraldinha, arroz e farofa. Shannon tem passado quase 50% do tempo em viagens pelo Brasil, a maioria por São Paulo e Rio (ele elogia o "clima de entusiasmo" no Rio e os bons resultados do combate ao tráfico na cidade). Fala animado do interesse dos empresários dos EUA pelo mercado brasileiro, que se tornou uma das prioridades na estratégia de exportação de Obama, como explica. "O país se transforma rapidamente em país de classe média, com forte mobilidade social", lembra, ao relatar como o setor privado vê oportunidades para a venda de eletrodomésticos, automóveis, serviços de saúde e turismo. Essa classe média também anima companhias de seguros e cartões de crédito americanas, e a perspectiva da Copa e dos Jogos Olímpicos no país tem atraído empresas do setor de segurança e controle de portos e aeroportos, firmas de infraestrutura. "Não poderia haver melhor época para ser embaixador no Brasil."
Shannon é, entre os recentes titulares da embaixada, o representante americano com maior experiência em assuntos da América do Sul - o que leva diplomatas de países do Cone Sul, em Brasília, a acreditar que a Casa Branca deslocou para o Brasil uma subsecretaria de Estado de facto para a região sul-americana. Modesto, ele nega e lembra que seu chefe ao chegar ao Brasil, o embaixador Harry Schlaudemann, também teve carreira intensa no continente.
Melhor mudar de assunto: Schlaudemann, enviado à Nicarágua em 1989, foi ativo na época da Operação Condor, de assassinatos e sequestros de opositores promovidos por governos militares na América Latina dos anos 70; sua atuação no caso é polêmica até hoje. Shannon, conciliador e pragmático, trabalhou a maior parte do tempo no Brasil com o sucessor de Schlaudemann, Richard Huntington, e tem servido como intérprete sofisticado para explicar a Washington as mudanças nos governos sul-americanos. Defende iniciativas como a Unasul, projeto impulsionado pelo Brasil, de coordenação política e econômica na região.
"A Unasul é bem-vinda, indica maior estrutura [nas relações entre os países], facilita o diálogo, a integração." Para os Estados Unidos, fica mais fácil discutir com o grupo temas transnacionais difíceis, como segurança, do que enviar representantes de alto nível país por país, comenta. "Nesse sentido, é como um "one stop shop" [guichê único]", compara.
"O fato é que a América do Sul é um continente com muitos países em diferentes níveis de desenvolvimento e diferentes setores políticos", diz. "É um projeto de longo prazo, está começando e o Brasil terá papel importante sobre o êxito ou fracasso da Unasul", prevê, em português, tropeçando apenas em uma palavra: "Failure, como se diz mesmo?"
E o Mercosul? Concorda com a tese de que precisa ser revisto? "Sempre é importante rever as coisas, principalmente se não estão funcionando bem." Há coisas que o Mercosul pode aprender do Nafta, o acordo de livre comércio da América do Norte, entre EUA, México e Canadá; e há coisas que o Nafta pode aprender com o Mercosul, defende.
"O Nafta é melhor que o Mercosul em seu êxito na economia e no comércio; mas o Mercosul foi melhor que o Nafta em termos de coordenação política entre países", define. Só recentemente os países do Nafta começaram a reunir-se para articular políticas, além do livre comércio, a chamada "Security Prosperity Partnership", por reconhecer "que o mercado não é a única coisa no mundo". O que, exatamente, se deve fazer com o Mercosul é assunto do Mercosul, desconversa.
Ao ser alertado de que a Venezuela e os atritos do presidente Hugo Chávez com os EUA não foram mencionados em mais de uma hora de conversa, o embaixador ri e propõe: "Gostaria de ficar mais outra hora sem falar de Venezuela". Até o fim do encontro, não falaria do tema.
Enquanto corta o filé, Shannon se mostra otimista em assuntos delicados como a luta contra as drogas na Bolívia, onde o governo expulsou os agentes americanos de combate ao tráfico. Há mais de um ano, porém, o atual subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, Arturo Valenzuela, sucessor de Shannon, negocia com o governo Evo Morales um "novo marco para as relações bilaterais".
"Não é fácil, às vezes as percepções dos governos são diferentes, mas estamos avançando e em pouco tempo vamos concluir esse novo marco." No combate ao tráfico no país, a Bolívia tem feito "bom trabalho", mas "enfrenta desafios na produção da "hoja" [folha] de coca, por razões sociais e políticas, e também no controle das redes de traficantes."
Ele elogia a cooperação com a Polícia Federal brasileira e crê ser possível "avançar, apoiar uma Bolívia mais capacitada" contra as redes do tráfico. "Nos anos 80, quando Peru, Colômbia e Bolívia viviam uma emergência, foi importante a ação dos EUA, mas esse tipo de relação não funciona mais na América do Sul, estamos mudando", diz. "É preciso construir capacidade nacional, não substituir."
A conversa passa por outros temas e volta ao Irã. Shannon, recusando-se a dar detalhes, reconhece que o tema tomou "muito tempo" da embaixada nos últimos dias. O Brasil se opôs às sanções ao Irã defendidas pelos Estados Unidos, mas o Brasil teve "papel útil" em "mostrar os limites" da resposta iraniana às preocupações da comunidade internacional, diz, medindo as palavras.
Ele pede outro chope, o último, e comenta que, no Brasil, "o debate público sobre Irã tem a ver com o papel do Brasil no mundo, sua capacidade de influenciar no mundo, onde o país não tem interesses estratégicos, mas interesses globais". Já nos Estados Unidos há interesses americanos mais concretos diretamente em jogo. "Nos EUA o debate nacional não é sobre o papel dos EUA na região, mas sobre o que um Irã nuclear significa para nossa posição histórica no Oriente Médio."
Shannon serve-se de mais farofa com ovo, que elogia. Admite que houve "decepção" com o voto contrário do Brasil às sanções ao Irã, mas contemporiza. "O importante é que o Brasil disse, em público e em privado, que respeita e vai implementar as sanções." A relação com o Brasil "é importante demais para os dois países; temos de encontrar meios de continuar avançando."
"O português dele é melhor que o do Mangabeira Unger", cochicha, pouco antes do café, o repórter fotográfico Ruy Baron. Exagero. O ex-ministro, brasileiro criado nos EUA, tem forte sotaque, mas domínio ligeiramente maior da língua. O idioma é, porém, só um trunfo na obstinação do diplomata que faz o meio de campo entre os governos Lula e Obama e anuncia um período de maior discrição durante a campanha eleitoral. "Não vou permitir que umas diferenças me desanimem", garante, saboreando com gosto as últimas colheradas de musse de maracujá.
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