segunda-feira, 7 de setembro de 2009

I Prêmio Febraban de Economia Bancária - 2009

Trainsppotting2009








Tema 1 - Regulação do Sistema Financeiro Internacional

São Paulo 2009
























SUSTENTABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA E CONTRA-PARTIDA PARA AQUISIÇÃO DE TÍTULOS DE GOVERNOS POR BANCOS CENTRAIS AUTÔNOMOS























1. Sumário

Era pela maneira como enfrentavam o problema da violência que as sociedades moldavam a interação humana e definem as formas de sua organização política e econômica.
Em 2008 ocorre o ponto de inflexão quando, erroneamente, o viés corrente alimenta o controle do fluxo financeiro e combate aos paraísos fiscais pela cúpula do G20 em abril de 2009, quando na verdade, a adoção de Sustentabilidade sócio-ambiental como estratégia público/privado através de simples regulamentação da adoção de contra-partida sócio-ambientais para efetuar aquisição de TREASURY SECURITIES de países por bancos centrais autônomos é o suficiente.

2. Introdução

Nesta breve introdução vamos definir o cenário eco-geo-político que sustenta o objetivo deste paper.


Problema 1: Déficit energético
A produção de petróleo dos EUA foi de 9,0 milhões de barris/dia em 1965 e de 6,7 milhões de barris/dia em 2008, enquanto que o consumo no mesmo período foram de 11,5 milhões de barris/dia e 19,4 milhões de barris/dia, respectivamente, configurando um déficit energético de 12,7 milhões de barris dia, ou US$ 26.6 bi/mês, contribuindo para o déficit federal americano de US$180,7 bilhões em julho último, que somados à projeções orçamentarias, mostram um déficit cumulativo de US$ 9 trilhões ao longo dos próximos 10 anos, refletido no encolhimento de 6,3% do PIB no último trimestre de 2008 (taxa anualizada), a maior contração do Produto Interno Bruto (PIB) em 26 anos.

Problema 2: Déficit econômico provocado por economia não lucrativa/sustentável.

Em Junho último os EUA tinham US$3.38 trilhões em TREASURY SECURITIES nas mãos de estrangeiros, ficando os Oil Exporters (Equador, Venezuela, Indonésia, Bahrain, Irã, Iraq, Kuwait, Oman, Qatar, Saudi Arabia, the United Arab Emirates, Algeria, Gabon, Libya, e Nigéria) com US$191.0 bi na terceira posição, o Brasil em sexto lugar com US$139.8 bi e a China em primeiro lugar com US$776.4 bi.



Problema 3: Déficit tecnológico

O Irã tem déficit diário de 20 milhões de litros de gasolina, embora auto-suficiente em petróleo, no entanto, diferenças ideológicas impedem que os EUA juntem a fome com a vontade de comer. Ao contrário, os EUA estão liderando esforços da comunidade internacional para isolarem o Irã e impedi-los de usarem energia nuclear para fins pacíficos, mesmo depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU atestou como pacífico o programa nuclear do Irã.

Solução 3:
Juntando a fome com a vontade de comer

20 000 000 litros de gasolina/75 litros (um barril de petróleo) = 267 mil barris de petróleo processado por dia.

O Brasil implanta uma nova refinaria com usina de CCS (captura e armazenamento de carbono) ao investimento de:

(US$ 50 000 por barril x 267 mil barris/dia) x 1.2 (margem de segurança de 20%) = investimento de US$ 16 bilhões + US$5 bilhões em usina de CCS, totalizando investimentos de US$21 bilhões com a refinaria e usina sendo entregues em 2012 com a assinatura do contrato ainda em 2009.

A nova refinaria do Irã vai gerar 2 milhões de ton de CO2/ano para uma cotação de 16 a 40 euros/ton, teremos receitas extras de 32 a 80 milhões/ano para acelerar o retorno dos investimentos nas refinaria e usina de CCS.


Isso será viabilizado com a assinatura do Protocolo de Kioto pelo Irã em 2009, que, de imediato vai esvaziar todas as sanções, integra Irã à comunidade internacional e pavimenta a auto-estrada da "terceira revolução industrial - a economia pós-carbono", nas palavras do El Hassan Bin Talal, príncipe jordaniano e membro da Comissão Defensora de Direitos Legais para os Pobres e presidente do Fórum Ásia Ocidental-África Setentrional que já enchergou a nova economia dos derivativos sustentáveis.



Solução 2:
Nova economia de derivativos sustentáveis.

EUA e mundo seguem Irã e assinam PK em 2009.

As reservas de 115 bi de barris de petróleo do Iraque valem US$8 tri contra uma guerra que nos custou US$3 tri, gerando um pequeno saldo, mesmo quando somado aos dividendos de uma provável invasão do Irã.
Os valores sociais já foram depreciados pelos sinismo global, uma vez que o planeta financiou a invasão do Iraque através da compra de títulos dos EUA e aliados.

A UE estabeleceu metas de redução de emissões de CO2 de 20% até 2020 e serão necessários US$45 tri no período.
Por enquanto este capital seria proveniente de uma economia real/social que atualmente gera um PIB de US$60 tri.
Certamente uma economia gerida por mentes fósseis não proverão tais recursos com base no balanço de 31 ton de CO2 emitidas em 2008, frente a meta de emissões de 20 ton de CO2 para 2012, fim do PK, um excedente de 11 bi de toneladas a serem reduzidas nos próximos 4 anos.

Ano passado havia US$$167 tri em ativos (riqueza acumulada) que geraram mais de US$650 tri em derivativos descolados da economia social/real exatamente pelo fato desta ser incapaz de remunerar tal montante à contento ou de forma sustentável.

Como atrair este montante para a economia real/social de forma sustentável?
Em 2003 o Unibanco investiu R$60 mi em biotermelétrica Bandeirantes que gerou R$150 em leilão de créditos de carbono realizados em 2007/2008 na BM&F pela prefeitura de São Paulo,dividido em partes iguais com a Bioenergia. Enquanto isso o Unibanco usufrui de fonte de energia limpa com tarifas menores e vende o excedente ao mercado aberto.
Considere este cenário se repetindo para os três participantes e refletindo na economia real:
Esta configurado um modelo sócio-econômico sustentável e replicável em outras usinas, uma vez que não se esgota o lixo orgânico e sobre esta alavancagem teremos outra que alimentará os derivativos sustentáveis que por sua vez atrairá os ativos mencionados de US$167 tri para financiar o mercado de baixo carbono, uma vez que a economia real não tem capacidade ou motivação para financiar a economia de baixo carbono, muito menos a de derivativos sustentáveis.

Mas, sendo o Unibanco uma empresa da economia tradicional, porque investiu neste projeto?
O Unibanco, a exemplo do Banco Mundial, é uma empresa que tem Sustentabilidade com estratégia, exigindo contra-partida sócio-ambiental para conceder empréstimo, portanto, o Unibanco opera na economia real/social, porém é uma organização parcialmente sustentada por derivativos sustentáveis, proveniente da economia do baixo carbono pela inexpressiva quantidade destes projetos.

O que limita a expansão deste mercado?

1. Definir Sustentabilidade como estratégia de gestão de Bancos Centrais.
1. Condicionar compra de títulos do tesouro dos EUA e de outros países à contra-partida sócio-ambiental.
1. Não intervenção militar em nações soberanas.
2. Assinatura do protocolo de Kioto.


Solução 1:
Tem pra todo mundo

Brasil define percentual de mistura de bioenergéticos em combustíveis dos EUA e efetuam troca cruzada de ações de produtores de etanol nos dois países de forma a anular o lobby cruzado de soma zero, reduzindo emissões dos EUA ao mesmo tempo que reduz dependência de fontes não renováveis, recupera seu mercado de bioenergia estagnado e acelera o mercado de baixo carbono na forma de créditos de carbono e ampliando o mercado de derivativos sustentáveis pela atração do excesso de liquidez para a economia real/social.
Paralelamente continuam esforços para novas descobertas de hidrocarbonetos em parceria com Petrobrás e venda de excedente do pré-sal mantendo nossa matriz limpa.

3. Teste acelerado

A indústria bélica é importante e dinâmica e seus resultados financeiros já foram diluídos no ítem 2, portanto, o que teremos é sua transformação acelerada e reorientação para sedimentar a presença e habitação segura da humanidade fora do planeta terra, começando pelo sucesso da cooperação global para construção e implantação da estação espacial internacional.



Referencias:

BP p.l.c. Statical Review of World:
http://www.bp.com/liveassets/bp_internet/globalbp/globalbp_uk_english/reports_and_publications/statistical_energy_review_2008/STAGING/local_assets/2009_downloads/statistical_review_of_world_energy_full_report_2009.xls

Department of the Treasury/Federal Reserve Board August 17, 2009
http://www.treas.gov/tic/mfh.txt

World Bank/DDP Quick Query: CO2 emissions and Population growth (annual %)
http://ddp-ext.worldbank.org/ext/DDPQQ/member.do?method=getMembers&userid=1&queryId=135

McKinsey Global Institute (2008), Mapping Global Capital Markets: Fourth Annual Report, January.
http://www.mckinsey.com/mgi/publications/Mapping_global/executive_summary.asp

A modernização das economias
http://74.125.93.132/search?q=cache:VAJ3Z6bnjUcJ:www.mre.gov.br/portugues/noticiario/nacional/selecao_detalhe3.asp%3FID_RESENHA%3D612203+principe+jordaniano+mre&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br





Regulação do Sistema Financeiro Internacional - São Paulo 2009

Nenhum comentário: